terça-feira, 11 de setembro de 2012

Não abandone o barco...




As palavras me faltam neste momento, posso dizer apenas que existe um oceano que preenchi apenas com lagrimas. Choro de felicidade por tê-la em minha vida, por ter me confiado duas pedras preciosas, por todos os momentos sublimes que vivemos, e por ter vivido momentos tão desafiadores.
Penso muitas vezes que é tática de Deus para nos mostrar o quão somos fortes, o quão conseguimos enfrentar tempestades e viver com as sequelas delas para o resto da vida.  Ah, apenas quem sofreu uma situação tão devastadora consegue saber o que se passa em nossa mente. Tão fácil é para as demais pessoas dizerem que é tudo bobagem, que a vida continua, quando não passaram por nada parecido. E tão difícil é passar por este período, sem que paremos por alguns instantes diariamente para avistar tudo o que vivemos.
Mas assim é mesmo o oceano, às vezes tão revolto outras uma calmaria. Vamos nos acostumando com o vai e vem das ondas, e tentando empurrar nosso barco para avistar outras paisagens, para conhecer outros povos, e nesse embalo estamos sempre a procura de algo que não será possível mais obter. O que fazer agora? Não parar de remar é o principal, não devemos deixar o barco a deriva, seria uma tentativa de suicídio e tem tantas outras pessoas que precisam de nós. Continua remando,  e não se preocupa, em caso de você se cansar em algum momento existe mais um bocado de gente aqui por perto, com botes salva-vidas, cordas, novos remos e muita vontade de empurrar esse barco junto a você. A viagem é longa, é preciso força para continuar, tenho certeza que encontraremos coisas brilhantes, que nunca imaginaríamos na vida poder contemplar, e ao final encontraremos quem foi se perdendo, pulando do barco e principalmente aqueles que não puderam viajar conosco, por um único motivo: estavam preparando a nossa recepção em um novo mundo

Renata Magalhães