segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

e foi chegando devagar...


Da mesma forma de sempre, uma conquista boba, um olhar, um sorriso, e de repente estava lá, instalado no seu sorriso, querendo espaço no seu coração, desviando sua atenção e sendo o motivo de todos os seus pedidos. Foi lentamente, sem que percebesse que você era mais dele e menos de você!
Daí você inventou essa história besta de querer conhecer um pouco mais ele, de dar um pouco mais de liberdade para que ele te conhecesse, de se doar mais, de reconhecer que ele te fazia bem... e puft! num passo de mágica, num instante, milésimos de segundos começou fazer a diferença, porque não era ele que você queria, e sim a imagem que te passava. Não, não era essa a companhia que precisavas, ele nunca poderia  entender seu silêncio, suas risadas, sua necessidade de gritar a felicidade aos quatro cantos do mundo, seu pedido em entrelinhas de um afago ou aconchego... Ah, ele não entendia, ele não te entendia e quem sabe também não entendia de amor, mas se esforçava para ser a única coisa que você não queria, e de forma engraçada estava se tornando novamente apenas aquele desconhecido que você encontrou há alguns passos atrás na sua caminhada, na sua escolha pela felicidade, pela liberdade e pelo amor.
Chegou rápido, fez zuada, mecheu em tudo e no fim deixou a casa de um jeito mais interessante de se ver, mais fácil de se viver, mais alegre e agora que não há mais o que fazer, o deixou ir... sem medos, sem pesares, sem angustias, sem mais... Apenas sabia viver sem ele, olhando pra frente em busca de novos horizontes.

Renata Magalhães

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